quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

raiva.





Raiva.

Raiva de ter desperdiçado tanto tempo com você.
Raiva de ter desperdiçado tantas palavras com você!
Se bem que por esse lado, até que não foi tão ruim… Essa raiva toda me trouxe inspiração. E com esta vieram sentimentos e paixões novas! 
Amei cada palavra que usei. Amei ter usado cada palavra.
Amei.



presente-passado, futuro-presente.







Minha cabeça dói.
Mas não é uma dorzinha qualquer…Daquelas que uma dipironazinha cura..
Não. É uma dor que invade, perfura.
É daquelas que te tira do prumo e te enlouquece.
No quarto escuro, já não sei mais onde estou. E na verdade nem importa muito. 
Eu só queria que a dor fosse embora. Mas parece que quanto mais eu quero isso, mais ela vem.
É dor de vício, dor de abstinência.
É aquela pontada por não entender, e mesmo sabendo que não deve, querer achar uma resposta.
É aquela dor que dá uma falta de ar por não achar aonde foi o erro.
É aquela taquicardia que vem por saber que não existe mais. Que nunca existiu. Que queria que existisse. Que odeia por querer.
A dor não é presente. Minha cabeça não lateja mais. 
A questão é que a dor foi tanta, que ainda dói. Como as estrelas, que mesmo mortas, ainda brilham.
 A dor não tem força, não tem origem. Mas suas consequências ainda me machucam. No fundo da alma.

pensamento.







E o pensamento bate. 
Bate por acaso. Bate sem querer.
Quando menos se espera, quando a mente já está vazia e você acha que já pode descansar...
Vem de mansinho.
Na lembrança das palavras e de cada momento.
Na lembrança daquele beijo que eu não sinto mais o gosto.
Daquele beijo que eu, na verdade, não lembro mais o gosto.
Amor comigo é amor cultivado. E falo sério! Depois que se para de regar, ele seca e perde a cor. Perde a textura, perde a vida. E perdendo a vida, ele não consegue mais ser parte de mim. 

Mas o pensamento, ainda bate.

a resposta.






Ela tinha criado coragem. 
Mudado as coisas de lugar, pro lugar em que elas realmente deveriam estar.
Pensava em tudo que tinha acontecido. Juntava os fatos em sua cabeça e tentava encaixar o que faltava…
Coisas que nunca escutou, mas que sempre mereceu.
Ela sabia que ali era o fim da linha, afinal.
Já podia responder a pergunta que ele tinha feito: Não, não sentia mais falta.

explosão.






Era difícil explicar tudo isso. 

Queria ter tido mais paciência. 
Queria ter conseguido ficar no foco por mais de um mês.
Queria poder agradar a todos que amo.
Eu podia ter dito tudo que queria. Não podia ter deixado o dito pelo não dito.
Eram justamente essas palavras não-ditas que hoje agonizavam meu peito e me traziam dor no coração.
Chega uma hora que você percebe que o que não explode pra fora, explode pra dentro.

meu pra sempre...








Eu queria mesmo que as coisas fossem mais simples.
Queria poder reviver todos os momentos bons da minha vida.
Queria voltar atrás e fazer algumas coisas diferentes.
Queria conseguir lembrar por toda minha vida de tudo isso.
Queria tornar eternos, momentos passageiros. Queria tornar eternos, segundos passageiros.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013



Cansou de ser escolhida.
Queria escolher.
E queria, muito, que todos entendessem.

~ Espaço Lispector ~





Renda-se, como eu me rendi. 
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
A palavra é o meu domínio sobre o mundo.
Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.
Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.




sábado, 9 de fevereiro de 2013

genealogia da maldade.





Eu achei! Achei a causa, achei a origem! Descobri de onde nascem todos os sentimentos ruins do mundo!

A genealogia da maldade!
O princípio, o ínicio, tá em você, inveja!
E que coisa mais triste, enh?
Você querendo ser eu, e eu querendo tanto não ser!
Se preocupe mais com você!
Eu tô me recriando, me reinventando.
Você é você! E eu? eu sou eu!
Não são os Batons, nem a Risada, nem as Unhas que vão fazer você igual a mim. 
A verdade é que Nada, meu bem, vai te levar a ser alguém que você não é. E isso, me inclui.

tum tum.




Estava sentada no meio do quarto.

Já era tarde e ela não sabia porque ainda estava acordada...

Sua cabeça esatava a mil! 
Não tinha um sequer pensamento que passava mais de um minuto em sua cabeça sem perder o foco. 

Nessa ansiedade, se passaram horas e mais horas, e ela nem viu.

Estava lá, na mesma posição, com um leve sorriso no rosto.

Quando se deu conta, seu quarto estremecia por conta de um barrulho!

O que era aquilo? TUM TUM
Parecia cada vez mais forte e intenso. TUM TUM
Ela não sabia de onde vinha, e se assustava toda que vez que sentia.
TUM TUM

Aquilo iria acordar seus pais! Ou será que o melhor mesmo não era acordá-los? Talvez tivessem até que chamar alguém, sair do prédio… TUM TUM

A batida era tão intensa que não estremecia só seu quarto, mas também tomava conta do seu corpo.

Ela estava ali paralisada.


Quase não respirava para sentir aquela vibração dentro do seu peito.


dentro do seu peito.

tum tum
tum tum
tum tum
dentro do seu peito.

amor!



E não tem nada de complicado no amor! 
Amar é tão simples! Tão óbvio! 
E hoje eu vejo isso. Porque querer você é simplesmente natural.
Do mesmo jeito que eu respiro, eu te amo.
Não preciso pensar ou raciocinar pra isso. Só acontece.
E se esse amor, começa a ser complicado por nós dois, é porque ele deixou de ser amor. 
Deixou de ser amor natural, amor ingênuo, amor gostoso, amor amor.
E eu não quero amor forçado, nem amor pedido!
Pra me amar, amor, tem que ser de corpo e alma. Tem que ser de uma vez só, e sem desculpas!
Aqui, não tem lado certo. Até o amor avesso, se encaixa, se for amor.
Afinal, não há nada, amor, mais simples que o amor.

otária.


Otária.
Alguém que é tanto, deve gostar de ser, né?
Otária.
Por ter acreditado no que você me disse?
Ou por mesmo sabendo de toda a verdade ainda pensar em você?
Otária por ter me apaixonado.
Otária por continuar.
Otária.
Independente do porquê! Otária.
É engraçado. Começo a perceber a linha tênue entre o amor, e ser uma idiota. 
A pequena linha que separa a verdade, da mentira.
O abismo da ilusão é mais profundo que qualquer outro!
Acreditar é ainda pior do que o só querer acreditar.

sentir e saber que aquilo, não existiu.
Otária.

sintonia.



E você sabe como eu amo música. 
Cada momento especial tem seu próprio arranjo e tom em minha cabeça… que juntos, vão formando uma bela melodia. 
Tudo se encaixa como deve ser. E forma-se então, um samba-jazz de arrepiar.
E ali ela estava. A MINHA sinfonia. Escutou?
Ela é minha, e você chegou com suas notas em ritmos falsos pra atrapalhar.
Você, querendo substituir logo a sua antiga partitura, jogou seu ritmo em mim de um jeito…….e encaixou! E ficou lindo. 
E derrepende a minha sinfonia..era nossa.
Era linda, calma, encantadora e um pouco desengonçada as vezes! Mas era nossa.
O tom era perfeito para o nosso amor… ou devo dizer meu, amor?
Quando você foi embora, eu não conseguia desfazer os arranjos. 
Minhas notas só estavam completas com as suas!
Era eterno. Era profundo. Era inevitável.

Mudei!



Escuta!
Não sou mais aquela garotinha apaixonada por seriados da Disney, que não sabe a diferença entre unha "quadrada" e "redonda" não! 
É… ainda tenho medo do escuro sim. Mas aprendi a lidar com ele e já posso dormir com todas as luzes apagadas.
Escuta!
Não brinco mais de espiã. Apesar de manter viva a criança que existe dentro de mim.
Escuta!
Eu mudei.

E mudada, não posso mais ser sua.





E quando a lua apareceu, ela percebeu que não tinha visto o dia passar.
Estava entregue, de corpo e alma, no mais profundo olhar!


colecionadora.





Ali no canto, ninguém percebia.
Escondido por todos aqueles piscas-piscas e enfeites de natal -como ela amava essa época do ano!- estava aquela gaveta quase impercebível…
Mal sabiam que ali dentro estava seu novo vício. 
Ela amava e dependia tanto daquilo, que resolveu colecionar.
Quando a gaveta se abria, era possível perceber a imensidão daquela coleção…
Iam dos maiores, pros menores.. Tinham alguns gordos e outros magros! Alguns tinham um brilho intenso que parecia cegar!
Mas outros chamavam a atenção, justamente por não brilhar.
Era possível achar alguns novos, e outros bem antigos! Tinham aqueles inacreditáveis do lado de outros completamente possíveis..
Eram tantos, que ela não conseguia mais contá-los.
O que importava é que era aquilo que preenchia seu coração. Era aquilo que a movia, por mais que nem usasse mais alguns.
Ela era viciada. Viciada em colecionar. 
Ela era colecionadora. 
Colecionava sonhos.

final.







Não queria te dizer.
Afinal, ia doer.
O que foi, infelizmente não é mais. 
E mesmo que eu quisesse, você sabe que eu não sou capaz.
Ainda vejo nos teus olhos, todas aquelas lembranças!
Mas o que meus olhos querem, a ti não alcanças.
Foi bom, e pra sempre ficará.
Como o último raio, de um lindo tardar.

refúgio.







Finalmente aqui estou eu!
Parece esquisito… e meio tolo falar isso, mas de certa forma aqui é meu refúgio.
Mesmo com todos os prédios e carros, basta fechar os olhos pra sentir o cheiro de grama fresca, e escutar os grilos de novo… Lá fora já podia enxergar as alamedas!

É uma mistura de fazenda de vô e de Lagoa. É um resultado de luzes fracas e céu estrelado.

Um sentimento de família e aconchego. 
Nesse momento, isso era tudo que eu precisava.
O mais importante é que aqui, a 2000km de distância, você não é meu fantasma! Tudo bem, tenho outros aqui sim! Mas não você.

ferrugem.



Enferrujei?
De algum modo, agora as palavras não saiam mais de mim.

Antes a necessidade era tanta, que até na madrugada eu me perdia desesperada por uma folha de papel.

A vontade de escrever? Essa não passa nunca. 
Mas a ânsia por isto, tinha ido embora.
Ao menos, por agora. 

E isso só podia significar uma coisa: a angústia foi embora, junto com cada palavra. 
E eu sei que o tom da minha próxima "crise palavrial" terá a cor de um sentimento totalmente novo e diferente. Não tem espaço mais para tons pastéis na minha vida. 
O que entra agora tem cor. Cor viva. Cor de verdade.



Todo encontro era uma (despedida)
Apesar de (intenso), não foi (nada).
(incompleto), se foi pelo ar: (zap!)

vilas.


Você é alto. 
Eu sou baixinha.
Você não vê. 
Eu te obrigo a perceber.
Você é calmo.
Eu roubo isso de você.
Você quer andar em passos certos.
Eu quero te empurrar.
Você não quer tudo organizado.
E me obriga a desorganizar.
Você é desatento e tem seu tempo.
Eu não deixo você levar.


Eu me quero e te quero.

Você procura encaixar.

Eu e você. Fração de número par.


ei amor!



Ei amor!
Achei você rondando perdido pela noite, procurando uma definição…
Senti sua falta! Que sensação boa você me trás.
Amor amigo, amor família, amor amor!
Cada forma com seu toque especial, mas seu ponto em comum: trazer paz pro coração.
Andei pensando. Andei lembrando..
É o olho no olho… É aquela sensação na barriga.
É o mundo parado e só eu e você.
É o querer incondicional e a certeza da reciprocidade!
É o jeito de amar os defeitos.
O jeito de tocar.
Ah! É o amor!
É o meu jeito, de te amar.

curtir.




Acordei engraçada hoje.
Tava alegre e deprê ao mesmo tempo.
Leve e pesada.
Pior? Não era TPM..
Resolvi que curtiria todos aqueles sentimentos! Os bons, e os ruins também.
Afinal, qual seria a graça de um dia alegre, se não existisse também um triste pra gente saber valorizar o primeiro?

pra me lavar.






A maré subiu. O mar já me molhava e eu nem me tocará!

A lua apareceu. Mais laranja do que ontem. 

Queria nunca ter que ir. 
Queria gastar todo o tempo, o meu tempo, parada ali. 

Queria me molhar e deixar o mar levar pra ele toda essa raiva. raiva de mim. raiva de você.

Só me vinha mais uma pergunta na cabeça: aonde estaria a sua cabeça agora?
Quer saber? Não me importa mais. E eu me odiava por ter cogitado pensar naquilo.

Saberei ter paciência e deixar o tempo levar cada mísera lembrança de você.