domingo, 17 de março de 2013

Valsa.





E o dia tão esperado chegou. 
Ela estava com um vestido de cor de ouro que chamava a atenção...
Seu corpete, grudado ao corpo possibilitando a visão de sua linda silhueta, era todo bordado com as mais finas linhas que ja se vira. As linhas estavam costuradas de forma que pareciam acompanhar o movimento do seu corpo... Cada ponto de começo e final era finalizado com uma pequena flor que dava total sutileza e delicadeza ao vestido.  
As mangas, cumpridas, eram feitas de panos transparentes e se abriam ao final...
Já a saia... Que arte! Rodada como deveria ser, tinha detalhes feitos à mão que davam a ela seu caratér único. Ela brilhava como as estrelas do céu, e dava o toque final a todo aquele conjunto.  
Seu cabelo, que era da exata cor do vestido, caia singelamente sobre seus ombros em cachos inexplicáveis. 

Não importava onde ela estava, ou o que estava fazendo, todos paravam para admirá-la.  
Durante a valsa, que parecia o arranjo perfeito para aquela ocasião, ela dançou com todos que poderia estar interessada. De um braço pro outro, de outro pra um... 
Começou a valsa com aquele que tirava seu fôlego. Dançou com todos os outros e experimentou inúmeros novos sentimentos. Menores que o primeiro, com certeza, mas novos. 
Por mais que estivesse com outros, e que estivesse tendo sim um momento bom -e como tivera!- ela tentava não perder o primeiro de vista. Nem deixar que ele fosse embora...  

Porém, o olhar dela se perdeu, por alguns instantes, no sorriso encantador de um jovem músico... Ele parecia trazer novas sintonias para a sua festa.  
Quando percebeu, não sabia mais aonde estava o primeiro...

Mas quando menos esperava, e em um rodipiar agonizante nos braços do músico, ela se virou já encaixada em novos braços.  
Eram os do primeiro novamente.  
Ela deu as mãos a ele.  
O fez caminhar para fora da valsa.
Não era preciso ficar, nem voltar, ali mais. 

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