É no silêncio da noite, no mais tardar do brilho da lua no céu, que ele aparece de novo.
Como da primeira vez.
Ela lembraria pra sempre daquela sensação. Seus olhos se encontraram e ela tinha certeza do que queria.
Ele a olhava, profundamente, e após alguns segundos, fechava os olhos como se quisesse guardar aquele momento pra sempre.
Respiração. Os lábios em sintonia sem ao mínimo, se tocarem.
-Nunca quis tanto um beijo na vida.
Foram as primeiras palavras dele.
Na mesma escuridão em que veio, ele se foi. Mas agora nem a lua toca mais o mar. A escuridão é completa, é interna.
A escuridão é real, é palpável.
E não pense que adiante virem outros! Ela teve a oportunidade de amar! E foi intensamente amada!
Quando achou que poderia ser feliz, percebeu que preferia a escuridão do não-amor, do que a luz do sim-amada!
Ela pára. Olha pro céu. As estrelas brilham mesmo sem a lua.
Ela espera.
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